domingo, 11 de março de 2012

A escola deve ser um lugar de organização e sistematização do espaço geográfico

Para os sitiantes e trabalhadores rurais não proprietários de um pequeno povoado do Vale do Paraíba (SP), só a escola pode oferecer o trabalho do saber.

“A escola do lugar é importante, e haver uma escola no lugar é indispensável. Ela não serve apenas para o estudo de crianças e adolescentes; é fundamental para que o distrito de Catuçaba seja uma referência de civilidade entre sertão e a cidade. No entanto, a escola não se mostra importante nas relações cotidianas entre as pessoas, símbolos, poderes e bens. Ela está absolutamente ausente da conversa dos homens, para quem cavalos, bois, vacas, milho e feijão são assuntos de todos os dias. Está ausente também das conversas, jogos e atividades das crianças, que, como os professores, envolvem-se com a escola estritamente nos horários de aula. Embora importante, a escola não é essencial nem atraente para ninguém, como são os negócios, o jogo de truco ou de futebol. Ela não é nobre, como lidar com cavalos ou participar das Cavalhadas de Catuçaba, quando o feijão das águas está granando. Nunca vi uma só mãe falar do sucesso escolar de um filho ou filha com alegria igual à de pais e mães festejando a boa safra do milho ou a oportunidade na compra de quatro vacas. A escola está ali, é para se ir a ela quando se pode. E isso é tudo” (BRANDÃO, 1990, p.65).
Considerando a leitura do texto “Entre o sertão e a cidade”, discorra sobre “A escola deve ser um lugar de organização e sistematização do espaço geográfico”. Para isto, utilize-se de seus conhecimentos, da primeira aula ministrada ao vivo e do explicitado nas Unidades I e II do material didático.



          Segundo Antonio Carlos Catrogiovanni em seu livro Geografia em sala de aula, 1999, pag. 11, “a geografia pode não ser tão interessante, pois em pesquisa se comprova que nossos professores que atuam nas séries iniciais não foram alfabetizados em geografia”, logo encontram dificuldades em ensinar seus alunos de forma estimulante, pois atribuímos importância somente aquilo que nos é significativo e apresenta uma aplicabilidade.

É papel da escola levar seus alunos a compreensão das transformações que ocorrem no meio que os cerca, as condições necessárias para se viver nos diversos lugares e a importância do ambiente para a vida, propondo estudos e reflexão crítica, desenvolvendo atitudes que seus alunos percebam as relações entre o homem e a natureza

Quanto ao professor, este precisa ter visão crítica e curiosidade onde em uma busca constante encontre informações que lhe aprimore seus conhecimentos, ou seja, atitude de professor-pesquisador.



FONTE:

- Caderno Pedagógico: Ensino Fundamental, Telêmaco Borba, Secretaria Municipal de Educação, 2008

- CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, Geografia em sala de aula: Práticas e reflexões, Porto Alegre, 1999

sábado, 10 de março de 2012

METODOLOGIA ENSINO DE GEOGRAFIA

Dizer que a geografia estuda a construção do espaço não é suficiente. Não basta saber como vivem os homens (Kozel e Filizola)


Atualmente, compreendemos que o objeto de estudo dessa ciência privilegia                      as relações entre os homens, no                   espaço em que estes estão                      situados.
DICA DE FILME: 1942 - A conquista do Paraíso
Dica de filme: Em nome de Deus
DICA DE MÚSICA:


FONTE: TORTORELI, Adélia Cristina - Cesumar - 2012

DIDÁTICA

        Ao falarmos de Didática se faz importante abordar inicialmente a questão da marginalização durante nossos momentos históricos . Marginalizar segundo Aurélio, 2009, p. 210, é deixar a parte da sociedade, excluído, discriminado, afastado, segregado. Nossas escolas com seus discursos no decorrer de sua historicidade escolar de equalizar o ensino acabam por realizar o contrário, ou seja, marginalizar. Podemos citar aqui a didática tradicional com sua rigidez em seus métodos provocando a evasão dos alunos, a didática da escola nova, que se baseava na “aparência da escola” sendo esta acolhedora, o professor deveria respeitar o tempo e o interesse do alunos, se na escola evadiram-se os indisciplinados as normas ditadas, na escola nova evadiram-se o “diferentes” pois não aprendiam de forma “normal”, quanto a escola tecnicista com seus “manuais” acabou por marginalizar os “incompetentes” .


          E a escola hoje, consegue promover a igualdade social? Enquanto nossas escolas não perceberem nossos alunos sujeitos históricos com necessidades anseios e cultura dificilmente tal feito se realizará, e neste contexto temos a pedagogia histórico crítica, que vem de encontro a tais anseios, pois parte do princípio de a escola possibilitar o acesso ao conhecimento cientifico de forma contextualizada.

Assista a entrevista realizada com o professor João Luiz Gasparim que fala sobre a pedagogia histórico-crítica:

  • Para a promoção de aprendizagem no ambito escolar a comunicação é muito importante, pois faz parte do capital da escola e da humanidade,
  • Quanto a  conversa em sala de aula durante as aulas, a mesma  interfere no clima apropriado a aprendizagem porém cabe ao professor saber equilibrar a ordem do silêncio pois em demasiado pode inibir a participação e a compreensão do aluno
  • A comunicação efetiva a interação entre as pessoas, esta interação entre professor/aluno é fundamental, porém o professor deve tomar muito cuidado para acabar não invadindo a esfera de vida particular deste aluno, pois o mesmo pode sentir-se envergonhado e exposto,
  • A conversa em sala de aula pode atrapalhar mas também pode auxiliar, pois falar sobre o assunto da aula com outros colegas pode trazer novas informações sobre o tema,
  • Atenção para a questão de alunos e professores na aquisição apenas de conhecimentos necessários para a empregabilidade, pois segundo Vera Lúcia Ferreira Alves Brito, a escola esta se fundamentando apenas nas concepções econômicas da sociedade atual,
  • As ultimas reformas politicas pretendem construir uma nova identidade para o professor: Ser empreendedor, ter altos índices de produtividade, possuir vários conhecimentos tecnicos e desempenhar seu papel de forma produtiva e submissa, precisamos ficar alertas, pois este novo perfil prejudica e muito as ações pedagógicas, pois abandona-se as possibilidades de transformação da sociedade, perde-se o compromisso político na luta contra a exclusão social e não se constroem novos conhecimentos,
  • Tim Brighouse afirma que a "união de professores" em torno de um mesmo objetivo provocaria mudanças extraordinárias no ensino do país, possibilitando o desenvolvimento de novas habilidades para o ensino, melhorando a qualidade do planejamento das aulas e alavancando novos recursos necessarios para a educação,
  • A disposição e a atitude dos professores são fundamentais para um ensino de qualidade, professores bem sucedidos devem ter postura positiva e acreditar no potencial de seus alunos, ter objetivos de aprendizagens para si mesmos, estudar e atualizar-se constantemente e tornar a aprendizagem divertida exalando energia e esperança
FONTE: BERALDO, Beatriz - Cesumar - 2012