“Brincar não é perder tempo, é ganhá-lo. É triste ter meninos sem escola, mas mais triste é vê-los enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação humana”
(Carlos Drummond de Andrade)
Aprendemos em nossas aulas que a criança deve ser vista sob três dimensões: a corporal, a afetiva e a cognitiva, que devem se desenvolver simultaneamente, se uma estiver sendo desenvolvida em detrimento da outra, certamente haverá um desequilíbrio do indivíduo em sua dimensão global.
Segundo Meur (1989), o esquema corporal é um elemento básico indispensável para a formação da personalidade da criança, pois se refere à formação do “eu”, ou seja, no momento em que ela toma consciência de seu corpo, de seu ser, de suas potencialidades de agir e transformar o mundo em sua volta desenvolve sua personalidade, e isso alcançamos através do brincar.
Brincar é uma ação que ocorre no campo da imaginação, assim, ao brincar faz-se uso da linguagem simbólica, poder brincar é um processo terapêutico, brinca-se com o que não se pode entender, brinca-se para poder entender melhor, brincando o sujeito exercita-se cognitivamente, socialmente e efetivamente, brincar é vital, primordial e essencial, pois é brincando que a criança estrutura suas emoções e sua razão, estabelecendo assim relações.
Para Bomanigo et al (1982), o papel da escola no âmbito educacional deve ser o de sistematizar estímulos, envolvendo seus alunos em um clima afetivo que serve para transmitir valores, atitudes e conhecimentos que visam o desenvolvimento integral do ser humano. Para tanto, alguns cuidados devem ser tomados com esta relação da criança com o brinquedo, brincar deve ser divertido e prazeroso, o brinquedo deve estar de acordo com o interesse da criança. Brinca-se com o corpo, com a destreza física, a rapidez, o jogar/brincar não implica apenas a questão de regra, da competição, da brincadeira em si, envolve muito mais a forma como se vê e se entende
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