quinta-feira, 19 de abril de 2012

Compreendendo a Importância da Escola para o Desenvolvimento Pessoal do Aluno

“Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas gerações.

Receba essa herança, honre-a, acrescente a ela e, um dia, fielmente, deposite-a nas

mãos de seus filhos”

Albert Einstein
 
                    Necessitamos estar atentos para aspectos peculiares acerca da historicidade do ser humano, pensar sobre essa historicidade naquilo que diz respeito à educação, ou melhor, ao processo educacional brasileiro. Necessitamos compreender como se deu o desenrolar histórico da psicologia inserida à educação, buscando como foco a seguinte questão: “relacionamento professor e aluno”.
                   Segundo Amude e Silva-Tadei (2008) o processo educacional é imprescindível para o desenvolvimento do ser humano, ressaltando que o mesmo necessita ser observado sob a luz do movimento social e cultural de determinado meio, o contexto educacional atual e a maneira como os integrantes deste interagem, estão mergulhados em um movimento cultural e histórico determinados. Por isso a necessidade de apreendermos a historicidade da educação.

                    Para entendermos o movimento da educação brasileira, recorremos a Patto (1987) que faz um levantamento histórico aproximando a história da psicologia no Brasil e a história do ensino escolar brasileiro, a partir de um quadro econômico respectivo a cada período delimitado por seu olhar acerca dos fatos ocorridos.
 
                    Destaca-se três momentos: o período de 1906 a 1930; o período de 1930 a 1960; e o período de 1964 a 1977.
 
  • De 1906 a 1930, período esse que compreende a Primeira República, foi caracterizado pelo modelo econômico agroexportador, a tendência pedagógica predominante neste momento era a Escola Tradicional (PATTO, 1987).
  •   Entre os anos de 1930 a 1960, é caracterizado pelo modelo econômico de substituição das importações, destacamos, nesse período, o movimento da Escola Nova, nessa fase da tendência pedagógica do Escolanovismo, no qual o centro do processo de ensino é o aluno, já não estava mais em voga o ensinar, mas sim o aprender a aprender. O professor aqui é um facilitador da aprendizagem para o discente. As ideias do estudioso Jean Piaget, estudadas na unidade anterior, sustentaram as bases da Escola Nova
  •  Dos anos de 1964 a 1977, a sociedade e a escola passaram por várias transformações e na década de 1960 “[...] a Escola Nova começa a apresentar sinais de crise [...]” (SAVIANI, 1994,p.113). Destacamos o período da internacionalização do mercado interno, o Governo Militar passou a atribuir maior importância à educação.A partir do ano de 1970 podemos destacar a entrada da Pedagogia Tecnicista como tônica do sistema de ensino, é o aprender a fazer, a ênfase aqui não está nem no professor e nem no aluno, a ênfase é dada à técnica.
  • A partir de 1979, em uma tentativa de superação, houve a busca pela compreensão das questões educacionais a partir das condicionantes sociais, surgindo, assim, a Pedagogia Histórico-crítica
                       Em cada período mencionado, em cada corrente pedagógica em exercício temos uma forma

de conceber e compreender o aluno e o processo de aprendizagem, assim como as relações

que emergem desse meio. Acreditamos, assim, em um ser humano que se desenvolve a partir

das condicionantes históricas, pois o movimento educacional está diretamente ligado a esse

processo.
 
Fonte: Tadei, Gescielly, 2012, Cesumar

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